Banne
roteiro

48h na região das Missões

Quem visita a Região das Missões volta pra casa com a sensação de ter vivido um pedaço da história — e não é exagero. Esse cantinho do Rio Grande do Sul guarda as heranças das Missões Jesuíticas dos Sete Povos, e transforma cada ruína, praça ou igreja em uma verdadeira aula a céu aberto.

Mas não é só de passado que essa região vive. Pelo contrário: as Missões também surpreendem com sabores campeiros e seus premiados vinhos. 

Neste roteiro de 48 horas, começamos por São Miguel das Missões, um dos destinos mais emblemáticos do estado, e seguimos viagem por Entre-Ijuís e Santo Ângelo. E ah, e ainda um bônus especial: visita a um parque que tem uma cachoeira que figura entre as maiores do mundo. Sim, a maior queda d’água longitudinal do planeta fica bem aqui! 

Quer mais? Você pode conferir cada detalhe deste roteiro em um episódio especial da nossa websérie no YouTube, disponível no canal do Viva o RS.

Essa produção destaca o melhor do nosso estado com roteiros curtos e estratégicos, unindo influenciadores, paisagens marcantes e experiências autênticas para inspirar viagens de até 48 horas.

Uma parceria entre o Governo do Estado, a Secretaria de Turismo e a Wine Locals.

DIA 1

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Manhã: Ruínas de São Miguel das Missões

Visitar as ruínas de São Miguel das Missões é como caminhar por dentro da história. Entre pedras centenárias e construções que resistiram ao tempo, a gente consegue imaginar como era a vida nas antigas comunidades formadas por jesuítas e guaranis.

Mais do que um ponto turístico, o local é um verdadeiro museu a céu aberto. Cada detalhe carrega memória, cultura e um legado que atravessa gerações.

Não à toa, o reconhecimento da UNESCO reforça a importância de preservar esse patrimônio — não só como herança gaúcha, mas como parte da história do mundo.

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Almoço: Restaurante Pixé

Hora de recarregar as energias com uma boa refeição! Nossa dica é o restaurante Pixé, dentro do Hotel Tenondé, a apenas 600 metros do Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.

‘Pixé’ significa “cheiro de comida defumada” — e é isso que te recebe na chegada. A cozinha mistura sabores regionais com toques contemporâneos, usando ingredientes frescos da própria horta orgânica do hotel.

Destaque para o arroz carreteiro, preparado com um toque especial das Missões, e o suco de butiá, que fecha a refeição com sabor local. Seja hóspede ou não, vale a parada!

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Tarde: Aldeia Tekoá Ko’eju

Uma das experiências mais marcantes dessa viagem foi visitar a aldeia indígena Tekoa Ko’êju, em São Miguel das Missões. O nome significa “alvorecer” — e faz todo sentido pra descrever o sentimento de estar ali. A comunidade é formada por cerca de 40 famílias Mbyá-Guarani, descendentes dos primeiros habitantes da região. Eles mantêm viva a cultura, os saberes tradicionais e a conexão profunda com a natureza.

Durante a visita, fizemos uma trilha guiada por um morador da aldeia, que mostrou plantas medicinais, armadilhas de caça e compartilhou histórias da terra. Também é possível ver o coral das crianças, participar de brincadeiras e conhecer o artesanato local.

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Noite: Espetáculo Som e Luz

À noite, a gente volta às ruínas pra um momento inesquecível: o espetáculo Som e Luz.

As pedras se iluminam e a história das Missões ganha vida com narração, música e efeitos que emocionam.

É como se o passado se revelasse ali, diante dos nossos olhos. No fim, o silêncio deixa uma sensação profunda — como se tivéssemos presenciado algo sagrado.

O que se vê de dia nas ruínas, à noite ganha alma.

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Hospedagem: Pousada das Missões

Pra fechar a experiência em São Miguel das Missões, a Pousada das Missões foi a escolha perfeita. Fica a só 100 metros do sítio arqueológico — é tão perto que parece que você dorme dentro da história.

Charmosa, acolhedora e cheia de detalhes que remetem à cultura local, a pousada tem quartos confortáveis, espaços de convivência e um café da manhã incrível, com delícias típicas como bolo de butiá e pão de mandioca com salame.

Um lugar cheio de alma. História, conforto e hospitalidade num só endereço.

DIA 2

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Manhã: Vinícola Fin

Depois de um café da manhã caprichado na Pousada das Missões, seguimos pra Entre-Ijuís — são só 45 minutos até a Vinícola Fin, uma verdadeira joia da região.

Fundada em 1876, a vinícola mantém viva a tradição familiar sob o comando do Jorge Fin, da terceira geração. Fizemos a degustação guiada, que mostra todo o processo de produção com muita história e sabor.

A visita teve música ao vivo, queijos, salames, cucas e, claro, vinhos deliciosos. Uma experiência completa, que combina cultura, hospitalidade e um bom gole da história local.

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Tarde: Park O2

Aproveitamos a passagem por Entre-Ijuís pra conhecer o Park O2 — perfeito pra quem curte natureza, aventura e ainda quer aprender no caminho.

Com foco em sustentabilidade e educação ambiental, o parque oferece experiências cheias de adrenalina: arvorismo com linha de vida contínua, tirolesa, escalada, rapel, mountain bike, orientação e até paintball.

São 2,5 hectares de mata preservada, equipamentos certificados e condução profissional. E o mais legal: o parque atende um grupo por vez, deixando tudo mais imersivo e personalizado.

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Noite: Anjo Santo Masseria

A gente escolheu jantar no Anjo Santo, em Santo Ângelo — um restaurante que começou pequeno e hoje é um dos queridinhos da cidade.

O forte da casa são as massas artesanais, feitas ali mesmo, com ingredientes frescos e sabor caseiro. O cardápio mistura tradição italiana com aquele toque campeiro que a gente adora. Os risotos também fazem sucesso, especialmente no frio, quando o combo prato quentinho + vinho reina absoluto.

Uma vez por mês, rola rodízio de massas e risotos — imperdível! E pra fechar, o petit gateau da casa, feito com receita própria, é pura tentação.

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Hospedagem: Safira Hotel

Como no dia seguinte pegaríamos a estrada cedo, escolhemos o Hotel Safira das Missões, na BR 285, em Entre-Ijuís — uma parada estratégica e com clima familiar.

Os quartos são simples, mas aconchegantes, e a estrutura é ótima pra quem busca segurança e praticidade: tem recepção 24h, câmeras e até piscina pros dias de calor.

Com 23 quartos e um café da manhã caprichado incluído na diária, foi o lugar ideal pra descansar bem antes de seguir viagem.

Viva uma esticadinha  

Se tiver um tempinho a mais, vale esticar até Derrubadas pra conhecer o Parque Estadual do Turvo — lar do imponente Salto do Yucumã, a maior queda d’água longitudinal do mundo.

Criado em 1954, o parque é a maior unidade de conservação do RS, com mais de 17 mil hectares de mata nativa e espécies ameaçadas como a onça-pintada e a harpia.

O Salto impressiona: quase 2 km de extensão com quedas de até 15 metros, onde o Rio Uruguai mergulha em uma fenda gigante. Um espetáculo da natureza.

Pra chegar lá, é preciso percorrer 15 km de estrada interna até o início das trilhas. Dá pra explorar a pé, de bike, barco ou até quadriciclo. Eu fiz o passeio de barco — e ver o salto de pertinho foi de arrepiar.

O parque é gerido pelo Macuco Yucumã, referência em turismo de natureza, e também cumpre um papel essencial na preservação da biodiversidade — como um corredor ecológico entre Brasil e Argentina.

Assista esse roteiro em vídeo!